terça-feira, 2 de novembro de 2010

novo acordo ortográfico - ACENTUAÇÃO

A) FICA ABOLIDO O TREMA:
linguiça, cinquenta, sequestro;

B) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DO PRIMEIRO ‘O’ EM PALAVRAS TERMINADAS EM ‘OO’:
voo, enjoo, abençoo;

C) DESAPARECE OACENTO CIRCUNFLEXO DAS FORMAS VERBAIS DA TERCEIRA PESSOA DO PLURAL TERMINADAS EM –EEM:
leem, deem, creem, veem;

D) DEIXAM DE SER ACENTUADOS OS DITONGOS ABERTOS ÉI E ÓI DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS:
ideia, assembleia, heroico, paranoico;

E) FICA ABOLIDO, NAS PALAVRAS PAROXÍTONAS, OACENTO AGUDO NO I E NO U TÔNICOS QUANDO PRECEDIDOS DE DITONGO:
feiura, baiuca;

F) FICA ABOLIDO, NAS FORMAS VERBAIS RIZOTÔNICAS (QUE TÊM O ACENTO TÔNICO NA RAIZ), O ACENTO AGUDO DO U TÔNICO PRECEDIDO DE G OU Q E SEGUIDO DE E OU I.
Essa regra alcança algumas poucas formas de verbos como averiguar, apaziguar, arg(ü/u)ir: averigúe, apazigúe e argúem passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem;

G) DEIXA DE EXISTIR O ACENTO AGUDO OU CIRCUNFLEXO USADO PARA DISTINGUIR PALAVRAS PAROXÍTONAS QUE, TENDO RESPECTIVAMENTE
VOGAL TÔNICA ABERTA OU FECHADA, SÃO HOMÓGRAFAS DE PALAVRAS ÁTONAS. ASSIM, DEIXAMDE SE DISTINGUIR PELO ACENTO GRÁFICO:
—para (á), flexão do verbo parar, e para, preposição;
—pela(s) (é), substantivo e flexão do verbo pelar, e
pela(s), combinação da preposição per e o artigo a(s);
—polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação
antiga e popular de por e lo(s);
—pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo, e
pelo(s) combinação da preposição per e o artigo o(s);
—pera (ê), substantivo (fruta), pera (é), substantivo
arcaico (pedra) e pera preposição arcaica.


Resumo: SUPRESSÃO DE ACENTOS
1. não use mais o trema: linguiça, tranquilo, cinquenta, sequestro;
2. não use mais o acento agudo para marcar os ditongos abertos oi e ei em palavras paroxítonas: paranoia, paranoico, boia, jiboia, assembleia, ideia, plateia;
3. não acentue mais as duplas oo e ee: voo, enjoo, abençoo, leem, creem, deem;
4. não acentue mais as seguintes palavras:
- para (verbo parar);
- pera (fruta);
- polo (substantivo: polo Norte, polo industrial);
- polo (substantivo – um tipo de falcão);
- pelo (substantivo – o pelo do gato);
- pelo e pela (verbo pelar);
- pela (substantivo – um tipo de bola e de jogo);
- pero (substantivo – uma variedade de maçã);
5. não acentue mais o u e o i tônicos em palavras paroxítonas quando precedidos de ditongo: baiuca, feiura;
6. não acentue mais o u tônico de verbos como averiguar, apaziguar, arguir: averigue, apazigue, arguem;
7. a palavra forma (ô) pode ser grafada com ou sem o acento circunflexo (forma ou fôrma)


sábado, 28 de agosto de 2010

DIVIRTA-SE!!!!!!


VAMOS ACABAR COM ESSA FOLGA  
O Negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo.
De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação, e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou:
- Isso é comigo?
- Pode ser com você também – respondeu o alemão.
Ai então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos.

O alemão limpou as mãos, deu mais um golpe no chope e fez ver aos presentes que o dizia era certo. Não havia homem para ele naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois um norueguês etc.etc. Até que, lá do canto do café, levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia, para perguntar, como os outros:
- Isso é comigo?
O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e ... pimba! O alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro.

Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina ai que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são malandros do que os outros.
(Stanislau Ponte Preta, Dois amigos e uma chato,São Paulo, Moderna, 1986.)

Linguagem Coloquial e Culta


O “CERTO” E O “ERRADO” NO USO DA LÍNGUA
“Ta na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.”(1)
“Obviamente faltou-lhes coragem para enfrentar os ladrões”.(2)
Qual delas é gramaticalmente correta? Não há dúvidas que é a frase 2. Mas, se tanto a frase 2 quanto a frase 1 dizem a mesma coisa, se qualquer pessoa que seja falante do nosso idioma pode entende-las perfeitamente, por que então se considera correta a frase 2 e errada a frase 1?

Ou seja, que critérios são usados para determinar o que é certo e o que é errado dentro de um mesmo idioma?
De modo geral, os falantes são levados a aceitar como “correto” o modo de falar do segmento social que, em conseqüência de sua privilegiada situação econômica e cultural, tem maior prestigio dentro da sociedade. Assim, o modo de falar desse grupo social passa a servir de padrão, enquanto as demais variedades lingüísticas, faladas por grupos sociais menos prestigiados, passam a ser consideradas “erradas”.

É importante entender que, a principio, não existe uma forma melhor (“mais certa”) ou pior (“mais errada”) de se falar. Trata-se apenas de uma diferenciação que se dá baseada em critérios sociais e também em situação de uso efetivo da língua.

Uma das funções da escola é, através do ensino de língua portuguesa, oferecer a você condições de dominar a norma-padrão, a fim de que, nas circunstâncias sociais convenientes, seja falando, seja escrevendo, você possa utiliza-la adequadamente.

LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL

Já vimos que, convencionalmente, considera-se como “correta” a língua utilizada pelo grupo de maior prestigio social. Essa é a chamada língua culta, falada escrita, em situações formais, pelas pessoas de maior instrução. A língua culta é nivelada, padronizada, principalmente pela escola e obedece à gramática da língua-padrão.
A língua coloquial, por outro lado, é uma variante espontânea, utilizada, mas relações informais entre dois ou mais falantes. É a língua do cotidiano, sem muita preocupação com as normas. O Falante, ao utiliza-la, comete deslizes gramaticais com freqüência considerável. Outra característica da língua coloquial é o uso de constantes de expressões populares, frases feitas, gírias etc. Fazendo uma comparação entre a língua culta e a língua coloquial, é possível constatar que, em certos aspectos, as diferenças entre as duas são bastante evidentes, mas, em outros, os limites não são tão claros, ficando difícil, nesses casos, definir uma “fronteira” entre o que é culto e  o que é coloquial.

domingo, 16 de maio de 2010

Como identificar práticas corrúptas?


Corrupção vem do latim corruptus, significa quebrado em pedaços.
O verbo corromper significa “tornar pútrido”.
A corrupção é crime, veja alguns itens que revelam práticas corruptas:

* Favorecer alguém prejudicando outros.
* Aceitar e solicitar recursos financeiros para obter um determinado serviço público, retirada de multas ou em licitações favorecer determinada empresa.
* Desviar verbas públicas, dinheiro destinado para um fim público, e canalizado para as pessoas responsáveis pela obra.
* Até mesmo desviar recursos de um condomínio.

Toda sociedade corrupta sacrifica a camada pobre, esses dependem puramente dos serviços públicos, mas fica difícil suprir todas as necessidades sociais (infra-estrutura, saúde, educação, previdência etc.) se os recursos são divididos com a área natural de atendimento público e com os traficantes de influência (os corruptos).


terça-feira, 13 de abril de 2010

POLISSEMIA SEMÂNTICA

O fenômeno da ambigüidade semântica

Etimologicamente o termo ‘ambigüidade’ provém de duas palavras latinas: ambo e agere, indicando uma situação que nos remete simultaneamente para duas direções interpretativas distintas.
O professor Ilari (1997) assim se expressou em relação ao fenômeno da ambigüidade semântica:
(...) há interesse em reconhecer que começamos a pensar em ambigüidades semânticas toda vez que, diante de duas ou mais interpretações possíveis para um mesmo enunciado, nos colocamos, por assim dizer, numa perspectiva de dicionaristas e não de usuários, isto é, atribuímos as diferentes alternativas de interpretação que se abrem diante de nós às próprias expressões, não a seu uso ...
Como podemos perceber pela citação acima, a ambigüidade semântica se restringe a uma leitura nos limites do próprio texto, não o extrapolando.
Alguns fatores lingüísticos são apontados como responsáveis pelo fenômeno da ambigüidade. Ele ocorrerá quando:
- uma sentença aceita duas construções sintáticas diferentes;
- há diferentes correferências possíveis para o mesmo pronome;
- há casos de homonímia lexical;
- há dúvidas no emprego de uma expressão, saber se ela foi utilizada ou não como uma frase feita;
- ficamos incertos em considerar uma palavra em seu sentido denotativo ou conotativo.
Um texto diz respeito a qualquer passagem, seja ela falada ou escrita, e que seja um todo significativo, independente de sua extensão. Essa visão de texto serve de base para o estudo que procederemos, tendo as “frases” veiculadas pelas revistas Veja e ISTOÉ como material de análise. Tornou-se óbvio que o todo significativo desses “textos” (frases), para o leitor, só acontece juntamente com o contexto recuperado pela mídia, tendo em vista o leitor não se encontrar presente no momento da enunciação.
O texto escrito, pelo fato de não apresentar uma interação direta entre os envolvidos no processo comunicativo, traz algumas conseqüências apontadas por Charmeux (1997:66), das quais nos interessam duas, particularmente:
“A impossibilidade de utilizar o não-verbal” - Porém corpus em análise, a revista utiliza fotos para melhor contextualizar a “frase”, como exemplo:“Tenho diversos projetos na cabeça, mas as prioridades serão Kosovo e África.” Ronaldinho, jogador de futebol, ao ser nomeado embaixador Global da Boa Vontade da ONU. (Isto É - 09/02/2000) - Frase acompanhada de uma foto do Ronaldinho, autor da frase.
“A ausência de evidências em comum, e a impossibilidade de recorrer a feedback”, por isso é necessário que o texto escrito explore seu caráter de explicitude, ser muito preciso e tentar evitar, ao máximo, a ambigüidade. Os indícios podem até ser redundantes. Neste tipo de material que estamos analisando, a ambigüidade é desfeita, principalmente, no contexto situacional recuperado pelo editor, exemplo: “Depois que fui deflorado perderam o interesse em mim.” Bill Clinton, presidente americano, comentando sua viagem à Índia, onde teve de se livrar de uma guirlanda, porque um bando de macacos o atacou para comer as flores. (Veja, 05/04/2000). Há ambigüidade na leitura: fui deflorado (perdeu a virgindade). É claro que o leitor atento iria remeter aos incidentes de assédio sexual em que o presidente se envolveu há um tempo atrás. Mas, o contexto resolve esta questão: guirlanda/flores e macacos, são as palavras chaves para desfazer a ambigüidade.
O próprio uso da língua permite ou autoriza a polissemia ou pode conduzir ao mal entendido, gerado por uma ambigüidade sintática ou lexical, porém tendo como pano de fundo a intencionalidade do autor.
Análise do fenômeno da ambigüidade
Exemplos:

1.“O setor agrícola passou por momentos difíceis. Ele se viu obrigado a buscar ajuda.” Assessor do deputado Odilo Balbinotti explicando por que o seu chefe (dono de fazendas no Paraná em Mato Grosso do Sul) foi o parlamentar que mais faltou na câmera no ano passado. (Isto É, 23/02/2000)
Fica subentendido pela leitura da ‘frase’ que o ‘ele’a que se refere o assessor é responsável pelo setor agrícola do país, porém quando lemos o contexto e, especificamente, a opinião do editor exposta dentro dos parênteses, conseguimos fazer a leitura do que realmente deveria constar na ‘frase’. Observamos que a construção sintática e a escolha lexical do assessor conduziram a uma leitura diferente da proposta pelo editor. Só o conhecimento de mundo, o conhecimento do social e da política nos ajuda a interpretação aceitável, aspectos esses ressaltados pelo editor.

2.“Garotinho não sabe administrar coisa grande.” Luís Inácio Lula da Silva, candidato eterno à Presidência pelo PT, questionando a capacidade do governador do Rio para ocupar o lugar de FHC.(Veja -05/04/2000)
A leitura da “frase” sem o contexto é interessante, tendo em vista a utilização do sobrenome Garotinho, e não o nome inicial Anthony- Gente pequena não sabe administrar coisas grandes! O contexto desempenhou o papel de orientar a leitura, evitando-se a ambigüidade.

3. “Se você deixa que te passem a mão uma vez, vai ter de deixar sempre.” Marília Gabriela, entrevistadora de TV, sobre sua saída do SBT. (Veja, 05/04/2000)
A questão da ambigüidade, no exemplo acima, para ser resolvida, depende do leitor decidir se considera a expressão ‘passem a mão’ como uma expressão feita ou não. Então o editor, em seu processo de contextualização, orienta o leitor para apenas uma leitura, ou seja, a expressão deve ser tomada em seu sentido conotativo.

4. “Por favor, Malan, fale em português.” Fernando Henrique Cardoso, presidente da República, ao dar a palavra ao ministro da Fazenda Pedro Malan, no jantar com senadores no Palácio da Alvorada. (Veja, 26/01/2000)

5. ‘Não vamos deixar a peteca cair.’ Pedro Malan, ministro da Fazenda, garantindo que o governo FHC vai governar até o último dia de olho na estabilidade da economia. (Veja, 04/07/2001)
No exemplo 4, o pedido de FHC a Malan deve ser considerado em seu aspecto literal ou não? Como usuário da língua temos conhecimento dessa expressão (‘fale em português’) como devendo ter a seguinte leitura: o falante deve utilizar-se de uma linguagem de fácil acesso, o que fica subentendido que o ministro da Fazenda apresenta em seu discurso uma linguagem rebuscada. E como nosso conhecimento de mundo nos diz que o evento comunicativo ocorreu aqui no Brasil, confirma-se mais uma vez a leitura de a expressão não deve ser tomada literalmente. Uma outra expressão feita ‘não deixar a peteca cair’ foi utilizada no exemplo 5: “não vamos deixar a peteca cair.”, quem nos garante esse uso é a referência que temos na contextualização do editor, ‘a peteca’ corresponde a ‘estabilidade econômica’.

6. “Aqui no Rio, nem malandro está livre de rasteira.” Bezerra Silva, sambista, ao saber que o cachê de 12.000 reais para cada show que faria pela Riotur no carnaval havia caído par mil. (Veja 01/03/2000)

7.Fui ferrado pelos brancos.” Mário Juruna, líder Xavante e ex-deputado federal, queixando-se de abandono depois que encerrou seu mandato. (Veja, 01/03/2000).

8. ‘Ele só me dá pepino.” ‘Rosinha Matheus, mulher do governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, sobre o fato de seu marido ter-lhe entregue a Secretaria de Ação Social. (Isto É, 26/04/2000)
9. “Sova levou o Quércia, que ficou atrás do Enéas.” Michel Temer, deputado federal (PMDB-SP), respondendo ao ex-governador Orestes Quércia, que criticou sua candidatura à presidência do partido. (Veja 15/08/2001)
Nos casos acima, o leitor precisa decidir se faz a leitura das ‘frases’/textos empregando as palavras ‘rasteira’, ‘ferrado’, ‘pepino’, ‘sova’ denotativamente ou conotativamente. Através do contexto recuperado pela mídia, ele se orienta para a leitura conotativa das palavras, desfazendo a ambigüidade.

10. “Depois que fui deflorado perderam o interesse em mim.” Bill Clinton, presidente americano, comentando sua viagem à Índia, onde teve de se livrar de uma guirlanda, porque um bando de macacos o atacou para comer as flores. (Veja, 05/04/2000).
O exemplo 10 retrata uma textualização e contextualização sob o ponto de vista do editor, pois, talvez o que foi dito pelo presidente americano, em inglês, não tivesse o mesmo efeito de ambigüidade naquela língua, assim o editor explora para nós, falantes, da língua portuguesa, a ambigüidade do termo ‘deflorado’ a fim de fazer referência ao caso de assédio sexual em que Clinton se envolveu. Nesse exemplo, não era o sentido conotativo que deveríamos seguir como pista para a leitura, mas o sentido denotativo da palavra ‘deflorado’.

11. ‘Tudo o que a mamãe tem de bom, peguei.” Rogéria, travesti (Isto É, 21/07/2001).
Só o contexto do editor indicando o locutor e sua opção sexual orienta o leitor para efetuar uma leitura condizente com a interpretação sugerida por Rogéria. Não foram bens materiais que Rogéria pegou de sua mãe, porém sua feminilidade.

12.“Faça como a Seleção. Leve Gol.” Anúncio de uma concessionária Volkswagen do Rio. (Veja, 08/08/2001)
A ambigüidade, neste anúncio utilizado em forma de ‘frase’, traz um caráter irônico, já que nenhuma Seleção gostaria de levar gol, porém é o que a nossa está levando em suas últimas atuações. Assim, a Seleção pode levar gol, contudo os leitores do anúncio deveriam escolher levar Gol (carro). Explora-se, no exemplo, a polissemia do termo ‘gol’.

terça-feira, 30 de março de 2010

polissemia/ambiguidade

Para solucionar algumas dúvidas sobre POLISSEMIA/AMBIGUIDADE faça as atividades e em seguida confira o gabarito que fica no final da página.
Para isso, acesse a página de exercícios:
 http://www.linguacomtexto.com/download/ambiguidade.htm 
(copie esse endereço e cole na barra de endereços, em seguida dê enter. Aguarde abrir a página e faça os exercícios). BOA SORTE! deixe seu comentário sobre a atividade....


terça-feira, 2 de março de 2010

linguagem formal e informal

http://desafiolegal.blogspot.com/2009/10/linguagem-formal-e-informal.html

coesão e coerência

página com conceitos e atividades sobre coesão e coerência:
http://inforum.insite.com.br/1856/119838.html

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

reflexão

"nossa vida é refletir sobre a vida..." Maria do Livramento

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

UM TEXTO PARA REFLETIR

CRÔNICA DE RUBEM BRAGA PUBLICADA EM 02/09/1949
NO JORNAL DIÁRIO DE NOTÍCIAS, DO RIO DE JANEIRO - RJ.

UM MORTO

Os que há algum tempo fazem o favor de ler o que escrevo, sabem como sou contrario ao
trato, na imprensa, de assuntos que se ligam à vida íntima de alguém. Acho que nem a paixão
pessoal nem a política justificam isso.
Tendo resolvido comentar a atitude agora assumida pelo coronel Dilermando de Assis, não
me afasto dessa linha. Pelo contrario, venho somente, como já fiz de outras vezes, trazer o
meu apelo aos colegas de profissão que dela se desviam para agasalhar, em suas colunas,
matéria tão lamentável. Estou certo de interpretar o sentimento dos setores mais representativos
da imprensa e da literatura brasileira ao manifestar o profundo mal-estar e o vivo desgosto
que está causando a publicação em um vespertino carioca das memórias e explicações
do coronel Dilermando de Assis com referências a Euclides da Cunha.
Esta minha crônica é publicada, no Rio, no jornal que é, precisamente, de todos os órgãos
da imprensa brasileira, o mais lido por oficiais do Exercito. Sei, de meu trato com muitos
desses oficiais, o quanto é estimado o coronel Dilermando de Assis, pelas suas qualidades
de militar e de homem, entre seus companheiros de farda. Venho por isso mesmo apelar
para os oficiais superiores, que lhe são mais próximos, no sentido de demover o coronel
Dilermando de Assis de sua Intenção de continuar, na imprensa, o trato de assunto tão penoso.
Segundo tudo o que sei, o coronel Dilermando de Assis, ao matar ao matar Euclides da Cunha
e seu filho, agiu sempre em legítima defesa. Isso foi reconhecido pela Justiça, e de ambas
as vezes ele foi absolvido. Não consigo compreender o motivo pelo qual tantos anos
decorridos, e sem nenhuma provocação, ele vem a público para atacar as suas vítimas.
Se a fatalidade o levou a privar o Brasil de um de seus espíritos mais altos e de um de seus
patriotas mais profundos, seria exagero lhe pedir, para sua vítima, a simples homenagem
cristã do silêncio ? Seria exigência lhe pedir que não viesse agora dizer, sobre o caráter e a
personalidade de Euclides essas coisas lamentáveis que está dizendo? Coisas desse teor
íntimo não se deve dizer publicamente de um vivo - e definitivamente não se dizem de um
morto, que nem sequer deixou quem o pudesse defender.
Recusamo-nos, por isso, a aceitar esse retrato de Euclides que se nos oferece agora o homem
que seria o último a ter o direito de julgá-lo. Não conhecemos pessoalmente o coronel
Dilermando de Assis nem nos supomos no direito de fazer qualquer julgamento sobre sua
pessoa . O que lhe pedimos não é muito: que respeite um morto. Esse morto pertence ao
Brasil, que nele venera um dos seus maiores e mais infelizes servidores.
Pensamos bastante antes de escrever esta crônica; e nos sentiríamos mal com a nossa consciência
se, por comodismo, fôssemos calar esse protesto. Sabemos perfeitamente o quanto é
delicado este assunto e a ele não desejamos de forma alguma voltar. Junto com o nosso protesto,
deixamos aqui um veemente apelo ao coronel Dilermando de Assis para que cesse
essas publicações. Elas são, por todos os motivos, um desserviço ao Brasil, porque afligem
os espíritos e despertam, antes de mais nada, um indizível e profundo mal-estar.

UM BLOG QUE VOCÊ PRECISA CONHECER....

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