sábado, 28 de agosto de 2010

Linguagem Coloquial e Culta


O “CERTO” E O “ERRADO” NO USO DA LÍNGUA
“Ta na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.”(1)
“Obviamente faltou-lhes coragem para enfrentar os ladrões”.(2)
Qual delas é gramaticalmente correta? Não há dúvidas que é a frase 2. Mas, se tanto a frase 2 quanto a frase 1 dizem a mesma coisa, se qualquer pessoa que seja falante do nosso idioma pode entende-las perfeitamente, por que então se considera correta a frase 2 e errada a frase 1?

Ou seja, que critérios são usados para determinar o que é certo e o que é errado dentro de um mesmo idioma?
De modo geral, os falantes são levados a aceitar como “correto” o modo de falar do segmento social que, em conseqüência de sua privilegiada situação econômica e cultural, tem maior prestigio dentro da sociedade. Assim, o modo de falar desse grupo social passa a servir de padrão, enquanto as demais variedades lingüísticas, faladas por grupos sociais menos prestigiados, passam a ser consideradas “erradas”.

É importante entender que, a principio, não existe uma forma melhor (“mais certa”) ou pior (“mais errada”) de se falar. Trata-se apenas de uma diferenciação que se dá baseada em critérios sociais e também em situação de uso efetivo da língua.

Uma das funções da escola é, através do ensino de língua portuguesa, oferecer a você condições de dominar a norma-padrão, a fim de que, nas circunstâncias sociais convenientes, seja falando, seja escrevendo, você possa utiliza-la adequadamente.

LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL

Já vimos que, convencionalmente, considera-se como “correta” a língua utilizada pelo grupo de maior prestigio social. Essa é a chamada língua culta, falada escrita, em situações formais, pelas pessoas de maior instrução. A língua culta é nivelada, padronizada, principalmente pela escola e obedece à gramática da língua-padrão.
A língua coloquial, por outro lado, é uma variante espontânea, utilizada, mas relações informais entre dois ou mais falantes. É a língua do cotidiano, sem muita preocupação com as normas. O Falante, ao utiliza-la, comete deslizes gramaticais com freqüência considerável. Outra característica da língua coloquial é o uso de constantes de expressões populares, frases feitas, gírias etc. Fazendo uma comparação entre a língua culta e a língua coloquial, é possível constatar que, em certos aspectos, as diferenças entre as duas são bastante evidentes, mas, em outros, os limites não são tão claros, ficando difícil, nesses casos, definir uma “fronteira” entre o que é culto e  o que é coloquial.

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